quarta-feira, 27 de julho de 2011

Eric, O Slaver


Tudo ficava para trás. Era como se a roda do destino houvesse emperrado e rodasse a mesma sequencia por diversas vezes. Sou Erik. Erik de Mjolnir. Um vilarejo Torvaldslander situado na costa. Entre o Thassa e o Laurius. Meu pai era um skald. Um trovador como muitos costumam dizer por ai, passava mais tempo perambulado por vilas do que na casa onde mantinha minha mãe. Acredito que devo ter mais irmãos por este mundo. O vi poucas vezes, mas quando estava em casa se dedicava a me ensinar o que sabia. Era um homem letrado e esta herança ele fez questão de deixar. Me ensinou a ler as runas e o goreano, me contava historias de terras distantes, onde o sol brilha o ano todo e o calor poderia derreter até mesmo o grande monte Torvaldsberg. Apesar da distancia e de pouco vê-lo, eu o admirava. Então um dia ele foi e nunca mais voltou. Eu tinha  13 anos. Minha mãe era uma artesã. Uma boa mulher. Atenciosa, cuidadosa,orgulhosa, como toda mulher livre nortenha. Mas padecia do mal de amor pelos encantos de meu pai e nunca fez um novo contrato. Vivia a esperar que os ventos o trouxessem de volta, e foi assim que ela morreu. Esperando na janela que o Thassa trouxesse a embarcação com o sorriso de meu pai. Eu tinha 16 anos. Fiquei sob os cuidados do Jarl da Vila. E para pagar pela moradia em uma das casas, acabou me colocando para trabalhar com as escravas. Eu ajudava a distribuir as tarefas e conferir se estava tudo na mais perfeita ordem. Aos poucos fui tomando gosto pela coisa. Aprendendo o trato e a lidar com cada Bond e ganhando a confiança do Jarl da Vila a respeito de suas meninas. Mjolnir prosperava e tínhamos alianças com alguns primos do Norte, como a vila de Gladsheim. Comprava escravas em negociações com panteras ou mercenários que queriam se desfazer de suas capturas, e entre estas uma vez acabei por comprar a filha do first axé de Gladsheim, Lady Tai, em nome dos laços de Mjolnir com Gladsheim, devolvi a menina para seu pai, em um colar para que ele fizesse o que achasse correto, tive em minha posse também uma pantera que fora negociada depois com um mercador do norte, chamado Draco. Draco de Gladsheim. Então a desgraça vinha se abater sobre a nossa vila. Começou com a morte da first girl. Calesha havia desaparecido alguns dias, e Mariska acabou encontrando-a nas margens do laurius, morta. Fora o inicio do Caos. Em meio a noite os homens de Bluetooth invadiram nossa vila, vieram quando os nossos guerreiros estavam no mar a pilhar. Não foi difícil para ele tomar a vila. Eu consegui fugir, levando comigo alguns animais e algumas escravas. Fui buscar abrigo no único lugar que eu achava ser possível, fui cobrar o favor por devolver a filha do First Axe de Gladsheim.
A vila me acolheu da melhor forma possível. Jarl Robz me deu a função de cuidar das escravas. Eu tinha uma nova casa e alguns trocados para começar a vida. Mas Odin parecia estar brigado com o norte e mais uma vez a desgraça se abatia sobre Torvalds. Agora sob a ameaça de um enorme navio de metal que pairava sobre a vila, deixando um odor de coisa podre e uma nevoa verde que se espalhava por todos os lugares. Os campos foram queimados, animais foram mortos, moradores da vila eram seqüestrados e mortos pelas bestas. Depois veio a peste. A doença que me deixou de cama por algumas mãos. Fui cuidado pelas escravas da vila e por Lady Catherine, alguns moradores não resistiram a praga e morreram no leito.  Mais tarde, após a cura, descobrimos que a Lady Tai havia envenenado a água e transmitido a praga.  Os Torvies lutaram bravamente contra a ameaça Kurii. Combatiamos as bestas e brigamos por nosso território, pelo lugar que aprendi a chamar de lar. E um dia, assim como veio, a ameaça desaparecia. A vila estava novamete em paz e cuidávamos de recuperar o que havia sido destruído. Um dia, na taverna um homem do sul viu meu trato com as bonds e me fez uma proposta. Que eu fosse trabalhar para ele em suas terras.. Eu aceitei. Despedi-me daqueles que me deram abrigo e parti para o sul, no fundo havia o sonho de ver as tais terras de que meu pai sempre falava. O homem era um mercador de Turia. Era tudo novidade. O tempo, as cores, as pessoas. Minha aparência assustava e encantava em meio aqueles homens de pele escura. Não posso negar que o conforto me agradou, me deixei encantar por cada detalhe daquela cidade. Me adaptar ao calor fora o mais difícil, mas a boa vida que minha profissão me traria foi fácil. Me tornei um treinador de escravas, da casa de Kalik. O homem trazia suas capturas e cabia a mim prepara-las para que seus preços aumentassem nas casas de audições. Meu trabalho ganhava nome e conhecimento. Aos poucos alem das escravas de Kalik, vinham outros Mestres que desejavam que suas escravas também fossem treinadas por ele. Com o tempo percebi que era hora de trabalhar para mim mesmo, isso se tornou mais fácil com a morte de Kalik em uma de suas viagens. Comecei com o negocio sozinho. Treinando e preparando escravas de toda Gor. Hoje sou Erik de Turia, Slave Trainner. E não há mulher, cativa ou não, que não se dobre ao sabor da minha vontade.