segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Made in Japan


A ultima coisa que me lembro? O festival e o tuf tuf da batida alucinante que saia das caixas de som. Eu quicava na pista alucinada com um balinha que eu tinha ganho de um sujeito muiiiito loco. Meu nome? Yoriko Amori....eh...eh ...meus pais vieram da terra do sol nascente...da pra ver neh? Bem como eu ia dizendo...eu tava la com um galera de amigos meus, acampados há três dias na beira de uma cachoeira muito show!! Mó energia...mó visual...sabe eu tenho esse meu lado zen...curto a natureza , uma lua no céu..sabe como eh? Bom..tres dias de curtição total e muito som na cabeça, claro, eu tinha outras coisas na cabeça também. Nada demais, o básico...tinha fumado algusn becks, tomado algumas catuabas  e mandado ver em  meio doce. Logico, meio para mim não rolava. Sempre tive em mim que , meia dose é meia viagem.  Então, quando meu projeto favorito tava para entrar e por abaixo a pista, ele apareceu. O cara era enorme , visual loquissimo, parecia gringo. Me amarrei de primeira. Sabe adoro dreads e os do cara eram muito maneiros. Ele encostou do meu lado, risos daqui , risos de la, sabe como eh, minha boca não fechava, tava com um sorriso de orelha a orelha, achando tudo lindo e maravilhoso. Então o cara me oferceu uma bala ...disse q era “ A  bala”. E  pq não? Era o combustível que eu precisava pra bombar ao som daquela galera de Israel o resto da noite. Tomei e ai já não lembro de mais nada. Sumiu o som, sumiu a pista, sumiu o povo. Sequer lembro da hora que o Sun Project começou a tocar. Acordei na manha seguinte, sol na cara, dor de cabeça dos infernos e nua. É...pelada no meio do mato!!! Cacete , eu devo ter surtado. Olhei do lado e não via minhas roupas, nada ...nem as barracas , nem a pista, se quer reconhecia o lugar. Bom ...nem quis pensar na hora o que eu tinha aprontado para acordar peladona daquele jeito e resolvi me achar. Então eu fui me ligando que a paisagem era bem diferente. Bateu o medo. Vai q o povo me esqueceu pra traz? Era o ultimo dia de festival e tínhamos combinado de levantar acampamento cedo e voltar pra dura realidade do dia a dia. Como eu ia explicar pro meu chefe?...uma semana de trabalho e já ia ser despedida...Não falei? Sou webdesigner e amo computadores...... Então...andei por horas, exausta resolvi parar, já tinha passado pela mesma pedra umas cinco vezes. Eu tava  perdida, sem a menor noção do que fazer , sem uma viva alma caridosa para me ajudar e pior sem meu celular. Nâo preciso dizer que naquela altura do campeonato eu já estava em pânico e com fome....muita fome... Deixei o corpo cair na grama e tava já pra comer capim pra matar a larica quando alguém me laçou. É laçou!!!..sabe que nem se faz com vaca em rodeio? Levei o mó susto e disparei a gritar. Pelada como num convite pra ser currada, tentei correr neh?. Nem vi quem segurava a corda, so senti o tranco no pescoço e cai de volta pro chão estatalada. Foi ai que eu vi que a droga do cara era boa mesmo. A onda não tinha passado. Quando virei o rosto para ver quem era o desgraçado que tinha feito aquilo eu não acreditei. Pensa no filme gladiador. E´...era o que aqueles sujeitos pareciam. Todos de vestidinhos vermelhos , sandalinhas, capacete e lança na mão. Me situei. Tava no meio de alguma encenação teatral, sabe daquelas que o povo faz ao ar livre? Tipo a crucificação de Cristo. Bom...ta certo que não estávamos no natal, mas não consegui pensar em outra explicação lógica. Tentei me comunicar e a mão de um deles desceu na minha cara. Não entendia patavinas do que eles falavam, so ficavam repetindo...kajira...kajira. O da corda me puxou pelo cabelo e olhou meu pescoço. So então eu percebi, que eu tava com um baita de um colar cafona no meu pescoço, e pior...não saia. Meu !!..., não tinha conversa com eles não. E olha que eu tentei. Meu inglês é razoável, mas não era a língua deles não...devia ser alemão e ai já viu neh? Ferrou geral, eu não falo alemão. E os cara mó bruto, mó sem educação...do tipo que bate em mulher...caracas olha so onde eu fui parar. Já tava imaginando a chamada no noticiário do dia seguinte: * Mulher nua encontrada morta no meio do mato..*Nunca rezei tanto para a policia aparecer. Mas pra variar, eles nunca aparecem quando precisamos..so quando estamos de boa. Nessa altura eu já era so choro. Foi então que o cara da corda tirou uma apito e eu quase cai dura para traz. Ali eu resolvi que não tomava mais nada que me oferecessem em festa alguma. Droga?  so as que eu tinha levado e sabendo bem o que era. Um puta de um pássaro enorme...gente , eu nunca vi nada igual!!. O bicho era monstro, gigante..pousou na nossa frente. Eu nem conseguia mecher as pernas do lugar de tão chocada que eu estava. Ai , o George Clooney do cerrado me jogou pra sela do bicho e me amarrou levantando vôo comigo. Foram as piores horas da minha vida. Pq voar de avião eh uma coisa, voar naquele treco é outra. Cada hora foi mais louca que a outra e cada vez eu via que tava mais ferrada do que nunca. O cara baixou comigo no que parecia ser um acampamento....pirem....todos parecendo que tinham saídos das telinha do cinema. Me amarrou num poste com um outro tanto de mulher pelada...È ..tudo peladona que nem eu...a alegria dos meninos. Começou a gritaria, um levantar de mão... de lanças...um outro metendo a mão em mim e quando me toquei, tinha um grandão...junto com todo o elenco  do filme do Beowolf...é...sabe aqueles vikings, o cara era igual. Não gostei nada quando vi ele abrindo uma bolsa de couro que tava na cintura dele, tirando umas moedas e jogando pro cara ao meu lado. Aquilo não me cheirou bem. Deu a impressão que o cara ta me comprando. Puta que pariu, já tava me vendo na Espanha rodando bolsinha com um gigolo mafioso esperando os euros. Ele chutava minha perna e gritava nadu..nadu!!. Eu sei la o que é isso? !?!?!? Cai no chão de joelhos , ele abriu minhas pernas....cara!!!!...nunca senti tanta vergonha na minha vida. Eu queria morrer, desaparecer...tava la com a perereca toda exposta pra aquele bando de barbudo. Tentei fechar as pernas, ele chutou de novo. Bom..não foi difícil perceber que era assim que eu devia ficar. E eu fiquei neh..ja tinha levado catiripapo demais. E agora to aqui, algemada nesse navio estranho ,  no meio desse bando de mulher pelada  , sendo levada para não sei onde. Devia ter ouvido a Larissa, minha irmã,  e ter ficado em casa . E vc fofa? Qual a sua historia? Como tu veio parar aqui?. Hein????...You speak English? ....Hablas español???? Han???.......Aff!!!! Deve ser alemão tambem.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Eric, O Slaver


Tudo ficava para trás. Era como se a roda do destino houvesse emperrado e rodasse a mesma sequencia por diversas vezes. Sou Erik. Erik de Mjolnir. Um vilarejo Torvaldslander situado na costa. Entre o Thassa e o Laurius. Meu pai era um skald. Um trovador como muitos costumam dizer por ai, passava mais tempo perambulado por vilas do que na casa onde mantinha minha mãe. Acredito que devo ter mais irmãos por este mundo. O vi poucas vezes, mas quando estava em casa se dedicava a me ensinar o que sabia. Era um homem letrado e esta herança ele fez questão de deixar. Me ensinou a ler as runas e o goreano, me contava historias de terras distantes, onde o sol brilha o ano todo e o calor poderia derreter até mesmo o grande monte Torvaldsberg. Apesar da distancia e de pouco vê-lo, eu o admirava. Então um dia ele foi e nunca mais voltou. Eu tinha  13 anos. Minha mãe era uma artesã. Uma boa mulher. Atenciosa, cuidadosa,orgulhosa, como toda mulher livre nortenha. Mas padecia do mal de amor pelos encantos de meu pai e nunca fez um novo contrato. Vivia a esperar que os ventos o trouxessem de volta, e foi assim que ela morreu. Esperando na janela que o Thassa trouxesse a embarcação com o sorriso de meu pai. Eu tinha 16 anos. Fiquei sob os cuidados do Jarl da Vila. E para pagar pela moradia em uma das casas, acabou me colocando para trabalhar com as escravas. Eu ajudava a distribuir as tarefas e conferir se estava tudo na mais perfeita ordem. Aos poucos fui tomando gosto pela coisa. Aprendendo o trato e a lidar com cada Bond e ganhando a confiança do Jarl da Vila a respeito de suas meninas. Mjolnir prosperava e tínhamos alianças com alguns primos do Norte, como a vila de Gladsheim. Comprava escravas em negociações com panteras ou mercenários que queriam se desfazer de suas capturas, e entre estas uma vez acabei por comprar a filha do first axé de Gladsheim, Lady Tai, em nome dos laços de Mjolnir com Gladsheim, devolvi a menina para seu pai, em um colar para que ele fizesse o que achasse correto, tive em minha posse também uma pantera que fora negociada depois com um mercador do norte, chamado Draco. Draco de Gladsheim. Então a desgraça vinha se abater sobre a nossa vila. Começou com a morte da first girl. Calesha havia desaparecido alguns dias, e Mariska acabou encontrando-a nas margens do laurius, morta. Fora o inicio do Caos. Em meio a noite os homens de Bluetooth invadiram nossa vila, vieram quando os nossos guerreiros estavam no mar a pilhar. Não foi difícil para ele tomar a vila. Eu consegui fugir, levando comigo alguns animais e algumas escravas. Fui buscar abrigo no único lugar que eu achava ser possível, fui cobrar o favor por devolver a filha do First Axe de Gladsheim.
A vila me acolheu da melhor forma possível. Jarl Robz me deu a função de cuidar das escravas. Eu tinha uma nova casa e alguns trocados para começar a vida. Mas Odin parecia estar brigado com o norte e mais uma vez a desgraça se abatia sobre Torvalds. Agora sob a ameaça de um enorme navio de metal que pairava sobre a vila, deixando um odor de coisa podre e uma nevoa verde que se espalhava por todos os lugares. Os campos foram queimados, animais foram mortos, moradores da vila eram seqüestrados e mortos pelas bestas. Depois veio a peste. A doença que me deixou de cama por algumas mãos. Fui cuidado pelas escravas da vila e por Lady Catherine, alguns moradores não resistiram a praga e morreram no leito.  Mais tarde, após a cura, descobrimos que a Lady Tai havia envenenado a água e transmitido a praga.  Os Torvies lutaram bravamente contra a ameaça Kurii. Combatiamos as bestas e brigamos por nosso território, pelo lugar que aprendi a chamar de lar. E um dia, assim como veio, a ameaça desaparecia. A vila estava novamete em paz e cuidávamos de recuperar o que havia sido destruído. Um dia, na taverna um homem do sul viu meu trato com as bonds e me fez uma proposta. Que eu fosse trabalhar para ele em suas terras.. Eu aceitei. Despedi-me daqueles que me deram abrigo e parti para o sul, no fundo havia o sonho de ver as tais terras de que meu pai sempre falava. O homem era um mercador de Turia. Era tudo novidade. O tempo, as cores, as pessoas. Minha aparência assustava e encantava em meio aqueles homens de pele escura. Não posso negar que o conforto me agradou, me deixei encantar por cada detalhe daquela cidade. Me adaptar ao calor fora o mais difícil, mas a boa vida que minha profissão me traria foi fácil. Me tornei um treinador de escravas, da casa de Kalik. O homem trazia suas capturas e cabia a mim prepara-las para que seus preços aumentassem nas casas de audições. Meu trabalho ganhava nome e conhecimento. Aos poucos alem das escravas de Kalik, vinham outros Mestres que desejavam que suas escravas também fossem treinadas por ele. Com o tempo percebi que era hora de trabalhar para mim mesmo, isso se tornou mais fácil com a morte de Kalik em uma de suas viagens. Comecei com o negocio sozinho. Treinando e preparando escravas de toda Gor. Hoje sou Erik de Turia, Slave Trainner. E não há mulher, cativa ou não, que não se dobre ao sabor da minha vontade. 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ivar, O Ubar do Tahari



Sorte. È assim que muitos costumam dizer e aceitar os fatos. Eu costumo dizer: Oportunidade. Foi assim que esta nova etapa em minha vida se iniciou. Sai de Tsiq-Jula em uma briga como todas as outras com meu pai. Ele estava irritadiço por alguns probleminhas que andei tendo em AR quando estive servindo entre os rarius e tarnsman. Alguma coisa nas reclamações de Sir Gaius a ele mexeram com o brio da Honra do Tarsk Negro. Minha mãe, meu bem maior acabou por me defender, mas meu pai conseguiu arrancar de mim minhas regalias, me tirando de Ar e me mandando para Schendi. Eu tirei dele sua escrava intocada. Um a um, em nossa guerra pessoal. Mas não bastava, não para mim. Não havia nascido para ser a sombra do Tarsk Negro e sim para ter o meu lugar e meu império. Fui para Schendi e lá ganhei um Tarn. Se tem uma coisa que aprendi bem com o tio Tobyr é a ser carismático. Conquistar as pessoas levo isso comigo e numa viagem para Ar, encontrei minha irmã gêmea. Quase não acreditei que a pequena peste tinha se tornado uma linda mulher. Era hora de ferir o Tarsk Negro onde mais lhe doeria. Arranquei-lhe a jóia do Thassa. Parti de Tsiq-Jula levando comigo minha linda irmã. Fizemos uma parada em Lydius e levei muito mais do que a companhia de Thassia, levei a pureza de minha irmã e a tornei mulher. Nenhum homem merecia esse direito a não ser eu mesmo. Acredito que se não fosse por minha mãe, meu pai o teria feito. Era o momento de partir para o novo plano. Eu havia escutado entre os tarnsman de Schendi sobre a terra da areia. O Tahari. Um lugar onde o calor derrete juízos e o frio a noite congela a alma. Ouvi muitas historias sobre as riquezas do povo da areia. Segui viagem levando Thassia e Aleera. Com um pouco de bom papo e usando a beleza de Aleera consegui me infiltrar entre os homens. Era fácil ser notado com uma escrava com cabelos dourados como o raio do lar torvis, jovem e sob contrato. Ah sim, não falei essa parte. Em Lydius, depois de me deitar com Thassia que esteve registrada comigo como minha FC, fomos para o Tahari sob novas identidades.

Consegui me juntar aos homens do Oásis Nine Seals. Aprendi a arte da cimitarra, a habilidade que tinha adquirido na forja em Tsiq Jula foi bem aproveitada, assim como o tino para negócios e o aprendizado scriba. Oportunidade meu amigo. Num mundo onde quase ninguém sabe ler, para um Ubar ter um homem letrado e comerciante a seu serviço contábil é muito conveniente. Subi um degrau na minha estadia no Tahari, ganhei uma residência modesta, um salário satisfatório e mais algumas regalias. Mas a oportunidade veio novamente brincar com meus ouvidos. Os homens foram reunidos em uma noite, o Ubar tinha um plano de guerra e precisava de todas as espadas. Havia a noticia de que o Ubar do Kasbah de Oásis de Saphyr havia morrido e seu filho, que fora criado no sul estava voltando para assumir seu lugar. A idéia do Ubar era interceptar a caravana do herdeiro e seqüestra-lo. Mata-lo e tomar o Kasbah. A idéia seria eficiente se não fosse pelo simples fato de que outras tribos do Tahari também a tiveram. Partimos para a luta e em meio ao combate fomos surpreendidos pelos Dark Kaiilas. Havíamos tido baixas e estávamos sendo estraçalhados. Eu provavelmente morreria sob a espada de um daqueles selvagens quando a oportunidade veio me buscar. Cai atrás de umas dunas por sobre quem? O Herdeiro! O Maldito Herdeiro era um tremendo covarde que vendo a morte iminente correu para sujar as calças num monte de areia. Eu mal acreditei quando ergui os olhos e me deparei com ele. A tirar pelo jeito de Lady, e o cabelo ele se parecia comigo. Mesmo tipo físico, mesmo tom de pele. Mesmos olhos azuis. Eu não tive duvida sobre o que tinha de fazer. O matei. Retirei a roupa que ele usava, troquei com as minhas. Tomei para mim o anel de Ubar que ele tinha no dedo. Ivar estava ali, morto em batalha, tive a brilhante idéia de destruir o rosto dele com uma pedra. Ali eu me tornava Elijah, Ubar do Oásis de Saphyr. Pouco depois que matei o herdeiro os homens do Oásis de Saphyr chegaram em reforço, uma batalha sangrenta teve inicio e eles saíram vitoriosos. A alegria dos homens em me encontrar “banhado no sangue do inimigo” comprovava que eu era apto e digno para assumir o posto do meu pai. Era um exercito magnífico de homens selvagens e ansiosos por mais sangue inimigo nas cimitarras. E eu dei a eles. Precisava pegar Thassia e Aleera no Oásis, e assim fiz. Disse aos homens que reconhecia os inimigos que me atacaram e seguimos para o Oásis de Nine Seals. Ora eu era contador do Ubar, quem melhor que eu para indicar onde os tesouros ficariam guardados, como entrar no Kasbah e onde ficava o harém? Destruímos todo o lugar. Pilhamos os tesouros que eu tinha ajudado a aumentar. Fizemos escravos, capturei Thassia e Aleera, levando-as comigo para o meu novo lar.

Oásis de Saphyr. Um Kasbah digno de um deus. dois mil e setecentos homens bem treinados para me servir. Um harém particular composto pelas maiores beldades do Tahari. Ouro, tesouros, livros. As escravas de Nine Teals foram distribuídas entre os homens, em uma grande festa de boas vindas no pátio do Kasbah. Os poucos que sobreviveram de Nine Teals espalharam a noticia de que Drogo, o contador havia morrido em batalha. Hoje, na noite das oportunidades, Thassia e Aleera me serão entregues.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Ivar, o Taurentian Tarnsman do Tahari

A vida é muito curta e deve ser vivida ao máximo. Eu não nasci para ser a sombra de ninguém. Nem mesmo para fazer uma expansão do que seu nome quer dizer. Eu nasci para ser dono da minha historia e meu destino e acredite, ultrapassar as barreiras das que já foram contruidas.

Sou filho de um grande guerreiro, isso tenho que admitir. Um guerreiro mercador e uma escrava. Não.. minha mãe já tinha deixado de ser escrava quando gerou a mim e minha irmã gêmea. Draco de Gladsheim e Kalandra de Draco de Gladsheim. Nasci em um porto de trade, de posse de meu pai, e o escutei dizendo durante toda a minha infância que aquilo um diria seria meu.

Quando pequenos eu e Thassia, minha irmã, éramos muito apegados... estávamos sempre envolvidos em alguma travessura. Na verdade eu estava. Thassia sempre foi a jóia do Thassa para meu pai, e sempre foi tratada como uma princesinha. Eu, sempre fui o preferido da minha mãe. Nada mais justo.

Aprendi com os membros do bando de meu pai como sobreviver em Gor. Com ele aprendi sobre como ser um mestre, aprendi as artes da ferraria a domesticar Thalarions e Tarns. Com Locke, aprendi sobre construções e contas, com Tobyr, sobre caçadas e mulheres, com Shadown Larl, a adoçar um Kaiila, com Honnir aprendi sobre batalhas e fúria de odin.. com minha mãe, aprendi a ser amado e ter conhecimento de ervas, healler e a cultura de seu povo tuchuk. Um dia penso em ganhar as scars. Quem sabe.

Com um pouco mais de idade fui entregue a Sir Rob que cuidou de meu ensino. Com ele aprendi o oficio de scriba, para desespero de meu pai, aprendi as letras e culturas goreanas. Depois, fui enviado para Ar, e na casa de Sir Gaius, aprendi as leis dos Rarius. E esta se tornou a minha casta. Em Ar aprendi também o sabor das ladies. O das escravas eu já conhecia de Tsiq Jula.

Vivi uma vida de bohemia nas vielas de Ar. Conhecedor de bebidas e tavernas, de jogos e sluts, ate que os boatos sobre minhas conquistas amorosas chegaram até meu pai e ele resolveu que eu tinha regalias demais, me tirou meu bem mais precioso: Minha liberdade, minha vida notívaga. Naquele dia, eu jurei que lhe tiraria tudo de mais precioso que ele possuísse. Comecei com a escrava pantera.

Aleera. Ele tinha uma certa preferência pela menina, coisa que minha mãe nunca engolira. Me aproveitei disto para pedir a kajira para mim. Com certo custo ele cedeu, se não cedesse eu iria rouba-la. A queria para mim e iria ter custasse o que custasse. Mas o medo de que minha mãe acabasse resolvendo partir comigo, o fez entregar a kajira. Em contra-partida ele me mandou para Schendi. Ainda mais longe dos olhos de minha mãe. Eu fui, para omeio daquela terra de ninguém. Mosquitos que tem o tamanho de um urt. Ele me tirava o meu precioso conforto. Eu iria tirar algo dele também. Me dediquei aos aprendizados em Schendi. Ganhei um Tarn de meu tutor, sir Kawaine e a porta de entrada para a guarda Taurentiana. Sir Kawaine era espada da guarda e como seu pupilo, não foi difícil entrar para a academia. Com os conhecimentos que eu já tinha, as coisas só foram fluindo um pouco melhor. Salário maior, decidi juntar um pouco das coisas que tinha para que pudesse garantir minha saída daquele lugar.

Então era chegada a hora de tomar a próxima perola de meu pai. Em uma visita a eles que coincidia com a estada de minha irmã lá, eu pude ver o quanto Thassia tinha crescido. Não a via fazia mais de 7 anos. A menina de peitos de azeitona estava linda. Me propus a leva-la de volta a Ar no Tarn, e com muito custo e insistência de minha mãe, meu pai aceitou. Eu a levei. Mas não foi para Ar. Passamos a noite em Laura, para descansar do vôo. Foi então que a vi sem o véu pela primeira vez após tanto tempo. Bebemos um pouco e o inevitável aconteceu. Eu abri minha irmã. Não vejo culpa ou pecado algum nisto. Ela é gêmea de mim. Parte de mim e ninguém melhor que eu para cuidar dela. Partimos para Schendi no dia seguinte, precisava pegar minhas economias e minha kajira para que pudéssemos partir para o Tahari. Sim, é la que vislumbro minha vida. Uma terra onde meu pai não teria domínio. Este seria o MEU domínio. Tenho planos para o meu futuro, e o futuro de Thassia.




terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Honir, o caçador de Kurii


Eu me chamo Honir. Honir de Skjemen. Sou um Torvalds. Um homem do norte nascido e criado sob o martelo de Thor. Não há outra palavra que eu conheça. Não aprendi os estudos das letras, como muitos dos fracos homens do sul. Não sei ao menos escrever o nome que grito nos campos durante a batalha. Mas sei cortar meus inimigos em dois com um só golpe. E para mim isso basta.

Em minha família sempre fora assim. Meu pai, Cerdic, era um grande caçador. Minha mãe era costureira, Meu pai me levava para as caçadas com ele. Desde muito cedo aprendi a viver na mata. A buscar as pistas dos animais entre as neves. A sentir o cheiro que vem com o vento. Odin me deu um grande tamanho, e como pagamento me encurtava a paciência. Eu nunca fui um homem de falar duas vezes. Acho que sou como meu pai, ou como o que me lembro dele.

Com os anos passando me tornei um caçador tão bom quanto meu pai. Meu tamanho me colocava em vantagens, e tinha a fúria. O Frenesi de Odin que em batalha me consumia. Nenhum dos guerreiros da minha vila havia visto algo daquela maneira. Eu me lembro bem. Foi durante um ataque das bestas. Elas invadiram a vila, queriam levar o primogênito do High Jarl. Invadiram à noite e covardemente, mataram a mãe da criança e levaram o pequeno. Eu me lembro de acordar em meio a madrugada com o toque do Horn da batalha. A correria dos homens se armando do lado de fora das casas, as tochas que eram acesas com óleo de baleia. Em poucos minutos estávamos todos reunidos diante da praça. Os grupos dos homens fora dividido e eu parti com o grupo do high jarl. Passamos horas em meio a mata e a neve, era difícil seguir o rastro daquelas bestas. Mas eu as encontrei. Estavam numa clareira, o pequeno amarrado como um escravo. Talvez estivessem esperando o navio de metal que os trazia. Não sei. Apenas me lembro de ouvir o grito de Falkes. Foi como se meu sangue fervilhasse e fluísse pelo meu corpo com a ferocidade de mil larls. Os músculos contraiam, e a garganta rasgava num grito como se pudesse estourar todos os vasos.

Contam que parti para cima deles. Contam que jamais viram um machado descer com tanta violência e força. Contam que quando me acertavam e me atiravam contra arvores que se partiam, eu me erguia. Repleto de sangue, do meu sangue.. e com novo grito me atirava contra as férias, decepando braços, abrindo peitos, rasgando faces. Meu machado bebia do sangue daquelas bestas. Os homens de meu grupo ajudavam a abater os Kurii. Logo o grupo de meu pai também chegava e não sobrava uma única besta que não houvesse manchado o branco da neve com o vermelho de seu sangue. A luta acabava. Mas contam que eu permanecia a gritar e bater contra tudo que se movia. Foram necessários 10 homens para conter a minha ira. Para aplacar o frenesi de Odin que estava em meu corpo. 10 homens para me segurar e avisar que havia acabado. Os kurii estavam mortos, o pequeno estava a salvo.

O que me lembro veio voltando em lampejos. Lembro da fogueira, lembro das bebidas, dos homens a rir. Lembro do sangue que cobria meu corpo. Dos agradecimentos. Das historias que contavam para as crianças sobre a luta. Da cicatriz que ganhei no rosto naquele combate. Naquela dia eu decidi que caçaria aquelas bestas. E arrancaria a cabeça de cada uma delas.. Com o tempo e a morte de meu pai, parti da vila em busca de meu destino. Lutei contra Kurii, e logo tinha homens que se tornaram irmãos de guerra e me acompanhavam. Partiamos por toda Gor em busca de riquezas e contratos que pudessem nos pagar algum conforto. Fora assim que conheci Draco de Gladsheim. Um irmão de machado. Fui contratado por ele para me unir a seu bando em um resgate. Um de seus homens fora traído e estava em poder de panteras. Partimos, mas durante a batalha, acabamos presos por elas. Era o habitat delas. Era uma tribo contra apenas 9 homens. Por sorte e desejo de Odin, Locke conseguiu um bom trade e fomos resgatados. Depois deste dia, não mais deixei o bando. Me tornei um mercenário de Draco. Honir de Tsiq-Jula.

Draco, o Ubar de Tsiq Jula

O que desejamos? Qual a distância real entre os anseios e as realizações? Não importa. Não faz diferença. Sou Draco. Draco de Gladsheim e entre as linha que tracei o meu destino guiado pela mão de Odin sou o que hoje desfruto. Sou filho de um primeiro machado e uma physician. Prometi a mim mesmo quando meu pai fora levado para o lado de Odin esperando o grande Vahala que jamais estaria sob a sombra de seu nome. Que começaria ali a minha historia e que não seria conhecido como o filho de Black Eye. Me instrui com escribas, aprendi a arte das letras e da leitura. Aprendi o oficio das cores e das expressões. Tornei-me um Rarius e com eles aprendi o dominio da guerra, da estrategia. As artes das armas ja havia adquirido na minha infancia em Gladsheim. Como Rarius em Schendi defendi reinados, protegi vilas, enfrentei tiranos. Mas o chamado dos ares fora maior e para Ar. La encontrei o meu companheiro de guerra, lá me tornei um tarnsman. Defendi o ubar com toda a força e valentia que haveria em minha alma. Mas os ventos do norte me sopravam aos ouvidos quando ia dormir. Voltei para o norte e para a vila onde nasci. Tornei-me um ferreiro, e depois a mesma posição que meu pai ocupou e por fim morreu empunhando o machado agora me pertencia. Eu era Draco, o primeiro machado de Gladsheim.
Então encontrei o desejo. O sabor do beijo escravo que enfeitiça e faz do proprio mestre o maior escravo. Encontrei o amor em doses avassaladoras de paixão e loucura. Desejei a escrava do High Jarl. O inevitável acontecia nas margens do rio que cortava a vila. Mesmo eu tendo sido tomado por toda a minha honra, e me negado a ceder a presença que me enfeitiçava, o clamor da minha pele pelo fogo escravo da menina me consumia e me entreguei a primeira quebra de meus principios. Eu a tive. E naquele momento, eu soube que não poderia ser diferente. Era minha e nada, nem ninguem mudaria isso do meu destino.
Tentei compra-la e me foi negada, fui expulso da vila, e ela levada por um Kur. Enfrentei a besta e a tive de volta. Segui viagem com os que me seguiam. Meus irmãos de machado, Locke e Tobyr. Eu me tornava um mercenário, um outlaw. Seguia viagem fazendo o que meu povo sabia fazer de melhor. Saquear. Juntei riquezas, acumulei escravos, mais homens se juntaram ao meu bando. Aos poucos meu nome foi tornando-se conhecido. Era Draco de Gladsheim, o mercador.
Mas quis o destino e os deuses novamente me soprarem os caminhos do norte, interrompendo minha viagem para Vena, para a venda de algumas escravas de minha caravana. Depois de um sonho, retornava para Gladsheim, levando Kalandra comigo. Havia um ataque das bestas na vila. E minha ajuda era necessária. Junto aos homens, enfrentamos bestas, vi moradores antigos morrerem. Vi minha mãe pela ultima vez partir dali.
Aos poucos, a ameaça das bestas se dissipava, como a nevoa verde que deles fazia parte. Com eles o High Jarl Robzz partia em busca de expiar seus pecados e por ter cedido espaço entre os Torvies para os iniciados dos Pks. E eu me tornei então Draco, o High jarl de Gladsheim. Libertei Kalandra para que se tornasse minha FC, e ela me deu dois filhos. Ivar e Thassia Leondegranz.
Havia ainda meus homens, havia ainda meu forte, e foi com os bens que acumulei que consegui ajudar a erguer novamente a vilal apos os ataques. Então mais um desastre caia sobre nossas cabeças. A guerra entre Kurii e PKs não terminava e Gladsheim estava no meio deles. A vila era destruida ante os ataques entre eles. Levei todos que podia para uma nova vida nas margens do Thassa. O forte se tornou um porto de trade, escravos eram trazidos e levados constantemente, a venda dos produtos, venda de escravos se tornava rentavel. Os homens continuavam em viagens para saquear para capturas. Tsiq Jula prosperava. Eu era então Draco, Ubar de Tsiq Jula.
Meus filhos ainda pequenos foram enviados sob a tutela de Robz que voltava a exercer o papel de escriba. Para que pudessem aprender o oficio das letras. Mais tarde, Thassia e Ivar eram mandados para Ar. Ela para estudar na Universidade de Physicians, como a avó e a mãe, uma haruspex. E Ivar para a academia de Rarius, para ser um tarnsman. Minha mulher, meus filhos, minha familia, meus homens, são tudo que tenho. Hoje existem familias que vivem sob a minha proteção e minhas leis. Obedecem aos meus designios e são agradecidos pela segurança que lhes dou. Eu lutei tanto para não estar a sombra de meu pai, e hoje vejo que sou muito mais do que ele um dia sonhou.
Sou Draco, de Tsiq Jula.