segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ivar, O Ubar do Tahari



Sorte. È assim que muitos costumam dizer e aceitar os fatos. Eu costumo dizer: Oportunidade. Foi assim que esta nova etapa em minha vida se iniciou. Sai de Tsiq-Jula em uma briga como todas as outras com meu pai. Ele estava irritadiço por alguns probleminhas que andei tendo em AR quando estive servindo entre os rarius e tarnsman. Alguma coisa nas reclamações de Sir Gaius a ele mexeram com o brio da Honra do Tarsk Negro. Minha mãe, meu bem maior acabou por me defender, mas meu pai conseguiu arrancar de mim minhas regalias, me tirando de Ar e me mandando para Schendi. Eu tirei dele sua escrava intocada. Um a um, em nossa guerra pessoal. Mas não bastava, não para mim. Não havia nascido para ser a sombra do Tarsk Negro e sim para ter o meu lugar e meu império. Fui para Schendi e lá ganhei um Tarn. Se tem uma coisa que aprendi bem com o tio Tobyr é a ser carismático. Conquistar as pessoas levo isso comigo e numa viagem para Ar, encontrei minha irmã gêmea. Quase não acreditei que a pequena peste tinha se tornado uma linda mulher. Era hora de ferir o Tarsk Negro onde mais lhe doeria. Arranquei-lhe a jóia do Thassa. Parti de Tsiq-Jula levando comigo minha linda irmã. Fizemos uma parada em Lydius e levei muito mais do que a companhia de Thassia, levei a pureza de minha irmã e a tornei mulher. Nenhum homem merecia esse direito a não ser eu mesmo. Acredito que se não fosse por minha mãe, meu pai o teria feito. Era o momento de partir para o novo plano. Eu havia escutado entre os tarnsman de Schendi sobre a terra da areia. O Tahari. Um lugar onde o calor derrete juízos e o frio a noite congela a alma. Ouvi muitas historias sobre as riquezas do povo da areia. Segui viagem levando Thassia e Aleera. Com um pouco de bom papo e usando a beleza de Aleera consegui me infiltrar entre os homens. Era fácil ser notado com uma escrava com cabelos dourados como o raio do lar torvis, jovem e sob contrato. Ah sim, não falei essa parte. Em Lydius, depois de me deitar com Thassia que esteve registrada comigo como minha FC, fomos para o Tahari sob novas identidades.

Consegui me juntar aos homens do Oásis Nine Seals. Aprendi a arte da cimitarra, a habilidade que tinha adquirido na forja em Tsiq Jula foi bem aproveitada, assim como o tino para negócios e o aprendizado scriba. Oportunidade meu amigo. Num mundo onde quase ninguém sabe ler, para um Ubar ter um homem letrado e comerciante a seu serviço contábil é muito conveniente. Subi um degrau na minha estadia no Tahari, ganhei uma residência modesta, um salário satisfatório e mais algumas regalias. Mas a oportunidade veio novamente brincar com meus ouvidos. Os homens foram reunidos em uma noite, o Ubar tinha um plano de guerra e precisava de todas as espadas. Havia a noticia de que o Ubar do Kasbah de Oásis de Saphyr havia morrido e seu filho, que fora criado no sul estava voltando para assumir seu lugar. A idéia do Ubar era interceptar a caravana do herdeiro e seqüestra-lo. Mata-lo e tomar o Kasbah. A idéia seria eficiente se não fosse pelo simples fato de que outras tribos do Tahari também a tiveram. Partimos para a luta e em meio ao combate fomos surpreendidos pelos Dark Kaiilas. Havíamos tido baixas e estávamos sendo estraçalhados. Eu provavelmente morreria sob a espada de um daqueles selvagens quando a oportunidade veio me buscar. Cai atrás de umas dunas por sobre quem? O Herdeiro! O Maldito Herdeiro era um tremendo covarde que vendo a morte iminente correu para sujar as calças num monte de areia. Eu mal acreditei quando ergui os olhos e me deparei com ele. A tirar pelo jeito de Lady, e o cabelo ele se parecia comigo. Mesmo tipo físico, mesmo tom de pele. Mesmos olhos azuis. Eu não tive duvida sobre o que tinha de fazer. O matei. Retirei a roupa que ele usava, troquei com as minhas. Tomei para mim o anel de Ubar que ele tinha no dedo. Ivar estava ali, morto em batalha, tive a brilhante idéia de destruir o rosto dele com uma pedra. Ali eu me tornava Elijah, Ubar do Oásis de Saphyr. Pouco depois que matei o herdeiro os homens do Oásis de Saphyr chegaram em reforço, uma batalha sangrenta teve inicio e eles saíram vitoriosos. A alegria dos homens em me encontrar “banhado no sangue do inimigo” comprovava que eu era apto e digno para assumir o posto do meu pai. Era um exercito magnífico de homens selvagens e ansiosos por mais sangue inimigo nas cimitarras. E eu dei a eles. Precisava pegar Thassia e Aleera no Oásis, e assim fiz. Disse aos homens que reconhecia os inimigos que me atacaram e seguimos para o Oásis de Nine Seals. Ora eu era contador do Ubar, quem melhor que eu para indicar onde os tesouros ficariam guardados, como entrar no Kasbah e onde ficava o harém? Destruímos todo o lugar. Pilhamos os tesouros que eu tinha ajudado a aumentar. Fizemos escravos, capturei Thassia e Aleera, levando-as comigo para o meu novo lar.

Oásis de Saphyr. Um Kasbah digno de um deus. dois mil e setecentos homens bem treinados para me servir. Um harém particular composto pelas maiores beldades do Tahari. Ouro, tesouros, livros. As escravas de Nine Teals foram distribuídas entre os homens, em uma grande festa de boas vindas no pátio do Kasbah. Os poucos que sobreviveram de Nine Teals espalharam a noticia de que Drogo, o contador havia morrido em batalha. Hoje, na noite das oportunidades, Thassia e Aleera me serão entregues.

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